Baudelaire e a modernidade

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Descrição

“A modernidade é em Baudelaire uma conquista”, eis aqui a definição de Benjamin. Já no primeiro poema de As flores do mal, Baudelaire convoca o leitor à ruptura da apatia. Benjamin aponta o método da aventura, a captura do presente, a intenção do poeta de revidar os atordoantes choques na grande cidade. Para não se tornar receptor inanimado ou ator automatizado, Baudelaire troca o gabinete pelas ruas, a duras penas, físicas e espirituais, e transita entre duas instâncias, flânerie e esgrima. Ao levar a vivência aos âmbitos do coletivo e do voluntário, imiscui-se no hiato da distribuição entre consciente e inconsciente. Conjura os perigos da absorção pela profundeza obscura ou da reflexão pela superfície ofuscante. Antes de o estímulo se queimar como resposta imediata, a vivência, ou se perder como memória de difícil acesso, insere poemas, contragolpes, no espaço intervalar. O modus fica em verso: “tropeçando em palavras como na calçada”. É total exposição ao presente, com mente e corpo alertas, e plena compreensão de não se tratar de processo natural: “É essa a natureza da vivência a que Baudelaire atribuiu a importância de uma experiência. Fixou o preço pelo qual se pode adquirir a sensação da modernidade: a destruição da aura na vivência do choque”. Beatriz de Almeida Magalhães

  • Editora ‏ : ‎ Autêntica; 1ª edição (8 maio 2015)
  • Idioma ‏ : ‎ Português
  • Capa comum ‏ : ‎ 352 páginas
  • ISBN-10 ‏ : ‎ 8582175752
  • ISBN-13 ‏ : ‎ 978-8582175750
  • Dimensões ‏ : ‎ 22.8 x 15 x 2.6 cm